sábado, 17 de julho de 2010

Tradução, apenas um serviço (1)

Na sexta-feira da semana passada, feriado de Nove de Julho aqui no estado de São Paulo, estivemos no Shopping Iguatemi. Passamos na Livraria Cultura e a Érica aproveitou para encomendar uns livros de que precisará para ministrar um curso neste semestre que se aproxima. A Cultura nos avisaria quando os livros chegassem para podermos apanhá-los (eu sei, eles também poderiam mandá-los para nossa casa, estamos cientes dessa opção, mas isso não vem ao caso). Aproveitamos a ocasião para comprar uns outros livros e já deixamos os da Érica pagos. Bastaria a ela trazer o comprovante para apanhá-los.

Na quarta-feira precisei ir ao Iguatemi para resolver outro assunto. Estava sem o referido comprovante, mas achei por bem dar um pulo na Cultura e ver se conseguia eu mesmo apanhar um dos livros, que já havia chegado. Fui à seção onde ficam os livros reservados e, para a minha surpresa, a funcionária me permitiu levar o livro. Bastou apenas me identificar e passar no caixa para desmagnetizar a etiqueta. Que maravilha! Mais uma vez eu ia à Cultura e saía de lá satisfeito. Para falar a verdade, não me lembro de uma vez sequer em que saí de uma loja deles tendo do que me queixar.

Mas por que estou contando essa história? Será que a Cultura está pagando um jabazinho ao João Vicente? E que raios isso tem a ver com tradução e com o título? Tem muito a ver. Estou iniciando com este texto uma série em que tento traçar paralelos entre a tradução e os mais diversos serviços prestados por aí. Já tenho mais dois ou três na manga e, certamente, outros virão. Afinal, na essência, a tradução guarda semelhanças com qualquer outro serviço. Nos parágrafos seguintes, quero me concentrar na satisfação do cliente.

Nosso mercado é disputado e a concorrência é grande. Para sobressair, não basta fazer a tradução direitinho e entregá-la no prazo combinado. Isso é o mínimo que se espera. É preciso ir mais longe, é preciso provocar no seu cliente sensação semelhante à que a Livraria Cultura me provocou. Da mesma forma que sempre volto à Cultura quando preciso de livros, o cliente satisfeito também voltará ao seu escritório, seja ele um cliente direto ou uma agência. Essa satisfação pode assumir diversas formas, mas destaco duas com base na minha experiência na quarta-feira.

Primeiro, a mais simples: a livraria resolveu o meu problema. Quando o cliente tem um problema, no nosso caso, a necessidade de ter um documento traduzido, o que ele mais quer é que lhe encontrem uma solução. Se for um problema sério, a solução vem para o primeiro plano e outros aspectos importantes, inclusive preço, podem até se tornar secundários. Segundo, a livraria resolveu meu problema de maneira fácil e rápida. Saí de lá naquele dia pensando “como é fácil trabalhar com esse pessoal”. Ora, quem não gosta de facilidade?! Cliente não quer aborrecimento, não se esqueça. No seu trabalho diário, almeje essa facilidade sempre, pois ela pode fazer a diferença na hora de perder ou manter um cliente. Até a próxima.

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