segunda-feira, 16 de maio de 2011

De cueca e calcinha na mão

Não é exagero afirmar que todos sabem o que é necessário para resolvermos muitos dos problemas do País. No campo da legislação, para ser mais específico, se conversarmos com dez especialistas em Brasil, ONZE vão dizer que precisamos de uma reforma da Previdência, uma reforma da legislação trabalhista, uma reforma tributária, uma reforma política (decente, não a que está sendo feita em Brasília). A cada legislatura, alguns otimistas ainda teimam em esperar que alguma coisa de boa saia do Congresso, para o Brasil poder deslanchar de vez. Mas é tudo em vão. Praticamente, só vêm à tona notícias de corrupção, malversação, picaretagem, se a farinha é pouca, meu pirão primeiro etc. Mas, naturalmente, sempre sobra um espacinho para o estapafúrdio.

Na semana passada, além de o Congresso não conseguir votar o tão propalado Código Florestal, foi aprovado o projeto de lei que prevê que as roupas íntimas vendidas no Brasil devem trazer uma etiqueta com alertas sobre o uso de preservativos e sobre a importância de exames preventivos contra o câncer de mama, de colo do útero e de próstata. Claro, a educação sexual e o combate a essas doenças são importantes, ninguém há de negar, mas será que uma etiqueta em uma peça íntima vai fazer tanta diferença assim? Será que o Congresso precisa mesmo se ocupar desse e de outros assuntos em detrimento de temas bem mais importantes? O Brasil poderia avançar muito mais se as tão necessárias reformas fossem votadas e aprovadas, mas nossos senadores e deputados preferem desviar sua atenção e esforços para coisas como calcinhas e cuecas. Que me perdoem a infâmia, mas é coisa de um país muito bunda mesmo!

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