Quarentena, confinamento, mas, graças ao bom Deus, tenho
trabalhado, ao que sou imensamente grato. Muita gente pelo mundo afora gostaria
de estar trabalhando neste momento. Hoje, porém, está mais difícil.
Acabei de escrever (traduzir) algo mais ou menos assim:
O custo humano da tragédia já é assustador e o desafio que
as autoridades europeias enfrentam agora para fazer face aos custos sociais e
econômicos da crise não encontra precedentes em tempos de paz.
Me deu até um negócio.
Já não sei ao certo quantos textos sobre o coronavírus já
traduzi, perto de 10, mas é palpável como eles vêm ficando mais pesados.
Não é fácil traduzir com lágrimas nos olhos. Não é. Não é a
primeira vez, mas a segunda. Daquela vez, um projeto sobre violência de gênero,
com a narrativa de casos reais, consegui me aguentar. A emoção só transbordou
no fim, após o derradeiro ponto final.
Hoje, ainda estou no meio da tradução. O show tem que continuar.
Quanto às lágrimas, são de tristeza por tudo isso à nossa volta, pelo porvir,
que, decerto será ainda pior. E as lágrimas também são de raiva por termos um boçal,
um debochado, um sujeito que não tem o mínimo cacoete de chefe de Estado no
comando de uma luta que marcará uma geração inteira. Misericórdia!
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