terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Cadastro positivo 2

Se você chegou aqui sem ter lido o Cadastro positivo original, logo abaixo, vá lê-lo e depois volte. Senão, a coisa vai ficar meio sem pé nem cabeça.

Numa discussão no Facebook sobre esse assunto, surgiram alguns aspectos importates. A consulta de crédito ao SPC, ao Serasa, já é feita pelas empresas há bastante tempo, como mencionou a colega Val Ivonica. A questão é que essa consulta era feita a um cadastro do qual o seu nome só constava se você era mau pagador. Agora, com o cadastro positivo, a ideia é o contrário: se você é bom pagador, o seu nome vai constar do cadastro como tal. Ocorreu-me também um exemplo prático, que ajuda a entender melhor como a coisa funciona nos EUA.

Se uma pessoa chega aos Estados Unidos e vai morar lá por muito tempo, é orientada a arranjar um cartão de crédito e a começar a, digamos assim, tomar dinheiro emprestado. Vai comprar um carro? Não compre à vista, mesmo que você disponha do dinheiro. Compre a prazo e vá pagando o empréstimo direitinho. Assim, você vai construindo seu histórico de crédito e aumentando um número conhecido como FICO. Quando você for comprar uma casa, uma das coisas que vão olhar é esse número. Se ele for alto, você pode ver a taxa de juros cair 0,5%, até mesmo 1%, dependendo da conjuntura. Se você pensar numa casa de 500 mil dólares e um empréstimo de 30 anos, 0,5% fazem uma bela diferença e você economiza bem mais do que teria economizado se houvesse pagado o carro à vista.

Como eu mencionei, a nossa cultura é bem diferente: corra dos juros e, se puder juntar o dinheiro para fazer a compra mais tarde, à vista, faça-o. É esperar para ver como o cadastro positivo vai se encaixar nessa realidade.

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