quarta-feira, 6 de julho de 2011

Deu no Estadão: "Projeto do Senado libera contratação de professores universitários sem pós. Se aprovado, projeto de lei que deve ir à votação dia 12 alterará a Lei de Diretrizes e Bases e permitirá que graduados sem títulos deem aula em caráter temporário - status que pode ser renovado indefinidamente. Proposta agrada a instituições particulares."

Tem gente por aí que torceu o nariz, mas sabe que eu gostei da ideia? Eu me encaixaria nisso aí. Dei aula durante dois anos no curso de tradução da UnB como professor substituto e gostaria de voltar a dar aulas. Aula é uma cachaça, é bom demais. Mas como não tenho mestrado, quanto mais doutorado (não é o meu perfil), fico praticamente impedido. Mas tenho certeza de que, com a minha experiência, teria mais a oferecer aos alunos do que gente que está aí nas universidades Brasil afora apenas exibindo seu título de doutor e encangando grilo. Meu único temor é que o salário, que já é baixo, vai ser ainda menor. Se já fazem aquela safadeza de pagar a um doutor salário de mestre quando completam o mínimo de doutores exigido pelo MEC, imagina o que não farão com os pobres graduados. Vamos ver no que vai dar.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Elucubrações tradutórias

Vinha eu ouvindo um artigo da Economist sobre systemically important financial institutions. Pensei comigo: quer apostar como escolheram a tradução mais feia para esse monstrengo? Fui ao Google:

Instituições financeiras sistemicamente importantes: 6270 páginas

Instituições financeiras de importância sistêmica (um pouco mais eufônico, sem o mente): 25 páginas

É nisso que dá deixar a tradução na mão do "pessoal da área" (no caso, na mão de economistas, gente, que, não raro, não tem lá muita intimidade com a inculta e bela). É por essas e outras que defendo que a tradução seja feita por um tradutor (um bom tradutor, claro, que conheça o assunto) e revisada por alguém da área. É a melhor maneira de garantir um trabalho de primeira.