segunda-feira, 29 de março de 2010

Armando Nogueira

E lá se foi Armando Nogueira. Que perda! Um grande jornalista, um dos pais do telejornalismo no Brasil, mas, para mim, especialmente, um homem que soube unir como ninguém as palavras e a emoção do esporte. É um dos poucos que, verdadeiramente, pode ser chamado de insubstituível. Vou guardar comigo, sobretudo, a maestria de suas maravilhosas crônicas no JB e a elegância e simpatia que esbanjava em seu programa no SporTV.

Sabem, sempre desconfiei de homem que diz que não gosta de futebol. Esses precisam de uma dose de Armando Nogueira. Vão atrás de suas crônicas, de seus livros. Verão que há muito mais poesia e encantamento do que imaginam naquilo que lhes parece tão somente uma distração, uma perda de tempo. O esporte e, mais do que todos, o futebol, é uma arte tão importante e imponente como qualquer outra, e o mestre Armando soube contá-la, em verso e prosa, como ninguém.

Pra encerrar, e a mesa-redonda no céu, no próximo domingo, com Armando Nogueira, João Saldanha e Nélson Rodrigues? Dá pra imaginar? Vai ser imperdível!

sexta-feira, 26 de março de 2010

Casa de ferreiro

Hoje veio uma colega da Clarissa brincar aqui em casa após a escola. A mãe veio buscar e trouxe o filho, pouco mais velho que o Rodrigo. Acabou ficando e as crianças brincaram até. Pedimos pizzas e todos jantamos. O interessante ficou para a saída. A mãe, americana do Kansas, que está há pouco mais de um ano e meio no Brasil, meteu as crianças no banco de trás do carro sem cadeirinha (o tal do car seat), sem nada. Eu e Érica, brasileiros da gema, só porque moramos oito anos nos EUA, só transportamos Rodrigo e Clarissa devidamente acomodados nas suas cadeirinhas. E agora? Fiquei sem saber que é que está errado...

quinta-feira, 11 de março de 2010

Chegamos ao centésimo

Este é o centésimo texto do blog. Que venham outras centenas. Eu, por minha vez, chego hoje aos 39. O dia não está exatamente como eu gostaria que estivesse num aniversário. Por enquanto, é caixa para tudo que é lado, inclusive nos banheiros. O que mais tem é caixa em que se lê books. Haja livro! Nessas horas eu me lembro do que a minha sábia vó dizia: "Burro carregado de livro é doutor."

O grande problema é que a casa é talvez um terço menor do que aquele em que a gente morava nos EUA. Americano é exagerado e tudo lá é grande, inclusive as residências. Uma casa normal de uma família de classe média americana seria considerada uma mansão aqui. Mas não tem nada não. Já, já a gente dá um jeito naquelas caixas todas e as coisas entram nos eixos.

Agora vou correr porque o técnico da Telefônica vai à minha casa para ver se resolve a Internet. Já faz duas semanas que pedi o serviço e nada. Tudo o que eu ouvia de ruim sobre a empresa é verdade. Dêem graças a Deus vocês que não precisam do serviço deles. Como não tenho opção, fico refém daqueles vagabundos.

É isso aí. Obrigado pelas mensagens de parabéns e apareçam. Tenho muita história pra contar e espero contá-las tão logo se regularize essa situação da Internet.

terça-feira, 9 de março de 2010

Finalmente

Para quem me acompanha por aqui, nossa mudança chega hoje, finalmente. Vou passar o aniversário cercado de caixas, mas tá bom. Agora é organizar as coisas e voltar à normalidade (ou algo parecido).

terça-feira, 2 de março de 2010

Ajuda a uma colega tradutora

Denise Bottmann, uma colega tradutora e autora do blog naogostodeplagio.blogspot.com, está sendo processada por uma editora por ter denunciado plágios em tradução. Foi redigido um manifesto sobre tal processo (apoiodenise.wordpress.com). Leiam e, por favor, subscrevam-no (www.petitiononline.com/mod_perl/signed.cgi?Bottmann&1). O esforço da colega merece todo o nosso apoio, pois plágio é cachorrada.

An update

A little something I wrote to post somewhere else...

Just a little update, as I've been too quiet on this front (I'm not a big Facebook fan, I'm afraid). We've been at our new home for almost two weeks now. We're still adapting to life in Brazil, and it's not been easy at times. We do not have an Internet connection yet due to technical problems with Telefonica, the local phone company. This means I cannot set up shop yet, but I've been busy with organizing things for when the container arrives. It's expected to be here next week, so I'll probably spend my birthday (just short of 40) surrounded by boxes (not again!!). Érica went through a selection process at a local college and is now teaching a class there twice a week. It's one semester only, but we see it as an open door. The kids are all right. Clarissa still sorely misses Virginia and her former school and friends, but she's getting used to life here. Rodrigo is taking the longer hours at school (7:30 to 15:00) in his stride and seems to be enjoying himself. All in all, life's been good.

(I originally wrote this one for Facebook, but they wouldn't let me post it because it is too long. See why I'm not a big fan? So I decided to post it here.)

OAB

Hoje cedo ouvia uma entrevista na CBN com um senador do PMDB do Amapá. Ele defendia um projeto de lei no mínimo polêmico. A ideia é eximir os bacharéis em Direito da obrigação de passar na prova da OAB para poderem advogar. Será que já não basta o sem número de advogados ruins que existem por aí? Se muitos dos poucos que conseguem vencer a barreira da OAB já são fracos, mal conseguem redigir, imagine os que não passam. Em vez de zelarem para que cheguem ao mercado os profissionais com um pouquinho mais de qualificação, querem abrir a porteira e deixar todo o mundo passar. É o fim da picada...