segunda-feira, 28 de junho de 2010

Erros de arbitragem

Não sei realmente o que fazer com os repetidos erros de arbitragem na Copa. Triste ironia a Inglaterra ver invalidado um gol legítimo, marcado num lance muito parecido com aquele da final da Copa de 66, também contra a Alemanha. Os deuses do futebol têm um senso de humor meio esquisito. Tomaram com uma mão o que se havia dado com outra. Um chip na bola, como sugerem muitos, teria resolvido esse problema, mas não adiantaria nada no impedimento do Tevez contra o México nem na levada da bola com o braço pelo Luís Fabiano. Parar o jogo e analisar o lance na tela, como fazem na NBA, por exemplo, é uma boa ideia, mas teria que ser feito com a maior agilidade possível, para não sacrificar a dinâmica do jogo. Já imaginou interromper a toda hora para analisar cada lance duvidoso?

Em última análise, talvez o erro da arbitragem faça parte do charme do futebol. Que equipe ou seleção nunca foi beneficiada ou prejudicada por um erro do juiz ou do assistente? Lembram-se da estreia do Brasil no mundial de 78, na Argentina, quando o juiz anulou o gol de cabeça do Zico, alegando que havia apitado o fim do jogo enquanto a bola viajava após a cobrança de escanteio pelo Nelinho? O que dizer daquele gol legítimo da Espanha contra o Brasil na Copa de 86, aquela bola que bateu no travessão, caiu dentro do gol defendido pelo Carlos, mas que o juiz não viu? E a partida da Copa América contra a Argentina em que o Túlio levou a bola no braço e empatou o jogo em 2 x 2? Guardo com carinho aquela imagem do juizão, que, diante das veementes reclamações dos argentinos, apontava com as duas mãos para o próprio peito, indicando que o lance havia sido perfeitamente legal. Uma coisa é certa: erro do juiz contra o time dos outros é refresco.

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