sexta-feira, 25 de junho de 2010

Brasil x Costa do Marfim

Falta meia hora para Brasil x Portugal e só agora escrevo minhas impressões sobre Brasil x Costa do Marfim. Perdoem a demora, mas andei muito ocupado com um trabalho grande.

Mas o que falar daquele jogo. O Brasil jogou bem melhor do que no primeiro jogo. Finalmente apareceu o verdadeiro futebol brasileiro. Destaques? Juan foi um monstro na zaga. Sempre preciso, um tempo de bola fantástico. É por isso que quase não se vê o Juan dar pontapé. O Lúcio também esteve bem, mas é aquele futebol meio atabalhoado. Quem anda acompanhando o noticiário, deve ter ouvido falar que o Felipão está trabalhando para uma TV sul-africana, comentando os jogos. Antes da partida, ele disse que, logo no primeiro lance, o Lúcio tentaria acertar o braço do Drogba. Não deu outra. Na primeira disputa com o marfinense, o Lúcio foi lá e deu-lhe um soco no braço, que acabou não fazendo muita diferença para o desfecho da partida.

Do meio para a frente, Felipe Melo tem surpreendido. Tem ocupado os espaços bem, marcado direitinho, sem muita violência, e passado bem a bola. Quem te viu, quem te vê. O Kaká também surpreendeu. Ainda não está voando, mas mudou da água para o vinho se compararmos com a bolinha que jogou contra a Coreia. Elano manteve a regularidade, guardou mais um golzinho, mas acabou sendo castigado por aquela falta desleal, que o deixou fora de combate para a partida seguinte. Robinho esteve meio sumido. O principal lance dele, para mim, foi negativo. Aquela bola que ele pegou logo no comecinho e chutou em gol, tentando encobrir o goleiro. O Luís Fabiano corria solta pela esquerda. Houvesse passado a bola para ele, Robinho teria tornado o jogo ainda mais fácil.

Mas falemos do astro da noite: o Fabuloso, que jogou com vontade. Aquele segundo gol, apesar de irregular, foi uma pintura. Valeu pela plástica do lance, pela iniciativa do atacante. Claro, no dos outros é refresco. Fosse a Argentina que houvesse marcado um daqueles em cima da gente, estaríamos bufando até agora. Felizmente, não foi por causa daquele gol que vencemos o jogo, como no Argentina 2 x 1 da Copa de 86, quando o Maradona fez aquele com a mão. Teríamos ganhado por 2 x 1 e, acredito eu, se a Costa do Marfim houvesse apertado, tínhamos caixa pra mais. E vale notar: o nosso "gol de mão" foi mais bonito do que o do Maradona. Na hora, cheguei até a me lembrar daquele gol do Pelé na Copa da Suécia, em que o Rei chapelou o zagueiro. Houve até quem dissesse que o Fabuloso condensou em um lance o que fizeram Pelé e Maradona.

Mas ridículo mesmo foi aquele juiz francês. Perguntar ao Luís Fabiano se ele havia usado o braço foi ridículo. Teria sido melhor se houvesse simplesmente ignorado o lance. Volto a bater naquela tecla: ainda bem que o gol foi nosso. Mas a França não fez só papelão apitando: foi embora mais cedo, como última no grupo, assim como a Itália. Interessante é que França e Itália fizeram a final da última Copa. Alguém ainda não se convenceu de que futebol não tem lógica.

Mas vamos ver como o Brasil se sai diante dos portugueses. Aposto num 2 x 1 ou 3 x 1 pra gente. Não me impressionam os sete gols disparados contra a Coreia. Adversário nas oitavas? Confiando que sairemos em primeiro no grupo, devemos pegar o Chile. Acho que a Espanha atropela o Chile e a Suíça empata com Honduras. Até mais!

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