quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

O caso Sean Goldman

Ontem uma colega do Fundo me perguntou o que eu achava do caso, que está em todos os jornais e noticiários. Eu vejo a questão de forma bem clara, mas por dois pontos de vista diferentes.

A decisão de devolver a criança ao pai é a melhor para o menino? Não, não é. Onde ele terá uma vida melhor? Em Nova Jérsei, onde passará o dia inteiro na escola porque o pai, imagino, terá que trabalhar para sustentá-lo? Ou no Rio de Janeiro, no seio de uma família rica? A escolha é fácil. Eu prefiro o Rio.

Mas há outra questão. O que a mãe fez foi errado. Ela enganou o marido ao viajar ao Brasil para passar férias com o filho e, em seguida, decidir nunca mais retornar. Eu me coloco no lugar do pai e acho que esse erro precisa ser reparado. Ao tomar a decisão de não voltar aos Estados Unidos com o filho, a mãe nem fazia idéia da confusão em que meteria a sua família.

É claro, numa véspera de Natal, sinto pela avó do menino, que não tem culpa alguma, e se viu envolvida nisso tudo. Ela, o Sean e a irmãzinha de um ano e três meses são as maiores vítimas de um erro cometido lá atrás, há cinco anos. É uma pena que a Justiça tenha demorado tanto a resolver isso. Uma solução célere teria evitado muito da dor que se sente agora e se sentirá por muitos anos.

2 comentários:

  1. o pai biologico nunca deveria ter sido privado de conviver com seu filho, e essa privação só foi causada em razão da atitude da mãe, a qual fez com que o pai tivesse total razão na demanda devido a alienção parental.
    a mãe buscou fazer justiça com as proprias mãos, o que é proibido.
    para casos assim, a decisão nao deve ser vista de forma politica em que envolva um país de primeiro mundo contra em de terceiro. tambem nao deve sofrer interferancia do patriotismo.
    deve-se apenas seguir o que determina o Direito.
    o pai biologico ja fazia jus a esse direito desde quando o filho foi retirado de seu convivio, ou seja, o direito à paternidade biologica deve prevalecer ante à partenidade afetiva.
    acertou o STF.

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  2. Com certeza. Se ela, a mãe tivesse feito a coisa dentro da lei, não teria chegado à esta situação. Agora, como todo caso de divórcio, todo mundo sái machucado de alguma forma, principalmente a criança que não pediu pra nascer.

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