terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Como virei tradutor

Um grande amigo e tradutor pediu aos colegas que escrevessem em seu blog sobre como viraram tradutores. Eu escrevi isto que segue e, por que não, resolvi colocar aqui também. A história é velha, mas ainda há um ou outro que não a conhece. Divirtam-se.

Comecei a estudar inglês aos 11 anos. Odiava! Minha mãe me deixava na Cultura Inglesa, mas eu não ficava lá. Dava a volta no prédio e ia jogar bola... devagarzinho, na sombra, claro, para não suar e chegar em casa com cara de quem não estava na aula. Tudo correu bem até chegar o primeiro boletim. Constava lá que o aluno era bom, mas apenas quando aparecia na aula. Minha mãe passou a me levar até a porta da sala, literalmente. Mal sabia ela o impacto que aquilo teria nas décadas seguintes da minha vida.

Saltemos para fins de 1993. Após voltar dos EUA, onde havia estudado música, todos me aconselharam a fazer o vestibular e buscar uma profissão de verdade, que aquele negócio de ser músico não dava futuro a ninguém. Abri um guia do vestibulando, ou coisa que o valha, da Editora Abril e fui folheando. Cheguei ao fim e a única coisa que me havia parecido razoavelmente interessante havia sido, vejam vocês, tradução. Eu já falava inglês, então meio caminho já estava andado, pensei. E lá na federal da minha cidade havia um curso.

Entrei no curso de tradução da UnB em meados de 1994, me formei em 1998 e voltei à minha alma mater em 1999, onde dei aula durante dois anos. Em 2001, veio o concurso para tradutor no FMI. Quando vim fazer a entrevista em Washington, alguém me recomendou que eu não contasse a história de como ingressei na profissão porque não ficaria bem, era muito feio aquilo. Mas é claro que eu contei, oras! Por que perderia a oportunidade?

Bom, após o que terão sido oito anos de FMI, volto de mala e cuia para o Brasil e para o mercado freelancer. É chegada a hora de começar a escrever mais um capítulo desta história, que, tenho certeza, será venturoso.

4 comentários:

  1. Haha, oi, João! Que legal ver a foto com sua filha. Vim pelo blog do Danilo. Beijo procê.

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  2. Te adicionei no twitter, Jay Vee.

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  3. Tenho que pôr uma foto minha com o Rodrigo também. Não costumo usar muito o Twitter. Também estou no Facebook, mas ali quase nunca apareço. Gosto mesmo daqui. É o melhor lugar para notícias minhas. Um beijo procê e espero revê-la em São Paulo, talvez numa das panquecas do Danilo.

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  4. Você sabe quem mais respondeu à pergunta? Seria muito legal juntar estas histórias todas.

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