domingo, 6 de dezembro de 2009

A batalha do Couto Pereira

Em agosto, quando estivemos no Brasil, visitamos Curitiba. Eu, claro, apreciador do futebol, fui assistir a um jogo lá no Alto da Glória. Passei um aperto. O Cruzeiro passou por cima do Coxa por 3 x 1 e o pau comeu. Quando o time mineiro fez 3 x 0 com 10 minutos do segundo tempo, uma das torcidas organizadas se enfureceu, derrubou um alambrado e iniciou-se a confusão. Não quis esperar para ver no que ia dar, pois não estava na minha cidade nem sabia que proporção a coisa poderia tomar. Peguei o rumo do hotel. Lamentei apenas perder o golaço marcado pelo Marcelinho Paraíba na ocasião.

Mas por que estou falando disso? Estava vendo pela Internet o caos que tomou conta do estádio após o empate que deixou o Fluminense na primeira divisão e relegou o Coxa à segundona no ano do seu centenário. Tristes cenas; o que eu passei nem se compara. O que para ser uma batalha apenas futebolística descambou para a violência. É desolador ver o estádio ser depredado pelos próprios torcedores do clube e, pior de tudo, ver aqueles pobres policiais arriscarem a pele para conter um bando de marginais. Coitados, poderiam estar em casa, curtindo o domingo ao lado da família, mas estavam ali, trabalhando. Muitos deles devem ser coxas-brancas e certamente estavam sofrendo tanto quanto os torcedores nas arquibancadas. Cadeia para esses baderneiros que tornam a ida a uma praça de esportes um programa de alto risco!

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Um adendo: Tem que acabar esse negócio de o time ficar no vestiário esperando os outros jogos começarem para só então entrar em campo. Os jogadores valem-se desse expediente para saberem o desfecho dos outros jogos enquanto a bola ainda rola na sua partida (como se isso fosse ajudar em muita coisa). Que haja uma multa pesada para essa turma aprender a respeitar compromisso. Se o jogo está marcado para as 17h, tem que começar às 17h. Que tal derrota por w.o. para a equipe que não estiver lá na hora marcada? Talvez eu esteja pedindo demais, ainda mais no país do jeitinho, da acochambração. Mas que tem que ser por aí, pois brasileiro só entende e obedece na marra.

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