terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Irresponsabilidade não é fatalidade

Não consigo tirar da cabeça esse caso da menina que foi atropelada e morta por um jet ski numa praia do litoral paulista no fim de semana. Estive na praia com meus filhos há uns meses e fico pensando que, como ocorreu com essa criança, poderia ocorrer com um dos meus. Porém, como disse o nobre advogado, foi "um fatídico acidente". Ora, o jet ski não se materializou ali do nada. Alguém o entregou a uma pessoa que não estava habilitada a ligá-lo, que dirá conduzi-lo. Pronto, não há o que justificar.

Mas no Brasil é quase sempre assim. Irresponsabilidade, imperícia, incompetência, imprudência viram apenas um acidente, uma fatalidade. Nessas horas, chego a achar justificável o exagero que impera nos Estados Unidos, onde não existe acidente, onde alguém tem que ser responsabilizado sempre que alguma coisa de ruim ocorre. São os dois extremos, aqui e lá, mas o gosto da impunidade, que não nos sai da boca, é mais amargo do que qualquer outro.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Ela está de olho...

Dona Dilma está de olho nos bancos e quer meter-lhes um freio, pois estão faturando demais. Se ela vai realmente fazer alguma coisa, não sei, mas a iniciativa é boa e tem todo o meu apoio. Quem acompanha o caderno de Economia dos jornais lê a cada trimestre notícias de lucro recorde deste E daquele banco. Os nossos bancos oferecem um serviço bem ruinzinho e ganham muito, mas muito dinheiro em cima da gente. Fico pensando na entrevista de um americano que li há uns anos. Ele dizia que seu sonho era abrir um banco aqui. Nas palavras dele, "o melhor negócio no Brasil é um banco bem administrado. O segundo melhor? Um banco mal administrado." É por aí.