sábado, 29 de agosto de 2009

Trocando de roupa

A reportagem de capa da Vejinha (www.vejinha.com.br) da semana que se encerra neste sábado é sobre a troca de mercadorias em lojas paulistanas. Fizeram um teste em trinta lojas de roupas da cidade para avaliar o tratamento dispensado ao cliente na hora da troca. O artigo menciona que, nos Estados Unidos, é praxe aceitar a devolução de produtos e reembolsar o cliente em dinheiro. Pois a coisa pode ir ainda mais longe e chegar ao que seria impensável para nós brasileiros.

Num Natal, comprei uma blusa para a Érica na J. Jill do Pentagon City. Claro, errei no tamanho da peça e, após o Natal, fui trocar, desta vez, na J. Jill de outro shopping, o Fair Oaks Mall. Eu me dirigi ao balcão, expliquei o ocorrido à vendedora e ela me dirigiu para a arara onde estava aquela peça. Peguei a blusa do tamanho certo e voltei ao caixa. Agora vem o pulo do gato.

Imaginei que seria apenas uma troca, mas a vendedora me sugeriu que devolvesse a blusa que havia comprado antes do Natal. Ela me reembolsaria e aí eu compraria a blusa do tamanho certo. O porquê? O preço da blusa havia caído depois do Natal. Assim, eu economizaria uns dólares. Fiquei pasmo, olhando para ela e pensando que aquilo nunca, mas nunca mesmo, ocorreria no Brasil. E não foi só essa vez. Fato semelhante me ocorreu anos depois numa outra loja. Coisa de primeiro mundo.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Boy alone


Na verdade, é o que acabei de ler. Terminei ontem, a tempo de deixá-lo para o meu irmão. Não tenho esse apego todo por livros. Se for me servir como referência para o meu trabalho, guardo; senão, passo para a frente. Espaço para livros está em falta lá em casa.

Mas já ia me esquecendo do livro. Boy Alone é a história de um garoto autista contada pelo irmão. É uma perspectiva interessante, que me cativou muito. A história é bem contada e a recomendo para quem enfrenta na família problema semelhante.

O próximo livro da lista provavelmente será o último de crônicas do Verissimo, uma leitura leve, rápida, que desopila o fígado.

http://www.amazon.com/gp/product/0061136662/ref=s9_simz_gw_s4_p14_i1?pf_rd_m=ATVPDKIKX0DER&pf_rd_s=center-1&pf_rd_r=0FXQ3323QEZPJ3F5ZFR2&pf_rd_t=101&pf_rd_p=470938131&pf_rd_i=507846

http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=2636250&sid=00101756211825756264639711&k5=166A97D4&uid=

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Para ver a Seleção

Nestes tempos de futebol globalizado, em que o futebol das grandes seleções se tornou um produto e à CBF resta apenas o direito de vetar os amistosos escolhidos por outrem, nos toca, por exemplo, assistir pela TV aos nossos craques enfrentarem um país sem tradição, num estádio que acomodava uns nove, dez mil torcedores e nem cheio estava. O principal interessado, o povão brasileiro, mais uma vez ficou a ver navios.

Sou do tempo em que as seleções européias vinham jogar os amistosos aqui, num estádio com nome terminado em “ão”, n'alguma capital do Nordeste, sob um calor senegalês. Os gringos, acostumados com o frio europeu, mal tinham gás para um tempo e aí era goleada do Brasil na certa. Hoje, a Seleção só vem aqui nas eliminatórias da Copa. E tome ingresso caro. O futebol, a alegria do povo, virou coisa de gente abastada, que pode pagar uma pequena fortuna por um ingresso.

E na Copa de 2014, vai ser ainda pior. Estive em Curitiba na semana passada e visitei a Arena da Baixada, o estádio do Atlético Paranaense, considerado o mais moderno do país. A mocinha que serviu de guia durante a nossa visita comentou que a previsão é de o ingresso mais barato para os jogos da Copa na Baixada custar uns 400 reais. Quem quiser ver um jogo da Copa no Brasil sem ter que recorrer a favor de ninguém, pode começar a fazer uma poupança e a torcer pela sorte. É bem possível que, mesmo com dinheiro suficiente no bolso, se consiga entrar no estádio.

A importância da revisão

Pouquíssimas coisas são mais úteis para formar um bom tradutor do que revisar e ser revisado. Revisão deveria receber um enfoque bem maior nos cursos de tradução. É um baita exercício, em que muitas vezes vemos erros que não cometemos e, ainda melhor, vemos erros que cometemos sem nem nos darmos conta deles. Aprendi muito revisando e sendo revisado nos meus sete anos e meio de FMI. Aprendi também a ser grato aos meus revisores. Você trabalha um pouco mais tranqüilo sabendo que, se passar alguma coisa -- e vão passar algumas coisas –-, um outro par de olhos vai detectá-las (por vezes nem todas, mas são os ossos do ofício). Mas não devemos confundir essa tranqüilidade com relaxo: "Ah! Faço de qualquer jeito mesmo que depois o revisor conserta." Desafortunadamente, esse tem sido o modelo com base no qual muita gente trabalha hoje em dia.

Twitter (2)

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terça-feira, 11 de agosto de 2009

Diplomacia e erros de tradução

Adoro casos como este. Corre o mundo a notícia de que a Secretária de Estado americana, Hillary Clinton, foi descortês com um estudante congolês ao ser indagada sobre a opinião de Bill Clinton sobre uma determinada questão.

Recebi um texto há pouco explicando que, na verdade, tudo decorreu de um erro do intérprete. O jovem congolês perguntou, em francês, qual era a opinião do presidente, e o intérprete, sabe Deus por que cargas d'água, mandou lá um "What does Mr. Clinton think?", misturando (ex-)presidente Clinton com presidente Obama. Claro, para começar, ele não deveria nem ter mencionado o nome do presidente, fosse ele quem fosse, mas isso são outros quinhentos.

É uma pena que esses episódios sejam logo esquecidos, pois servem para mostrar que uma tradução ou interpretação mal feita pode ter um resultado desastroso.